sábado, 11 de agosto de 2012


Estamos meio em falta com as atualizações do blog.  Vários motivos vieram a postergar.  Um deles foi a agitação dos dias, muitas coisas para fazer.  A  outra foi depois que saímos de Itacaré, a falta de internet.
Peixada na brasa com Gustavo e Marcelo em Camamu.

Muitos arco-íris ao longo...

Cajaíba, estaleiros artesanais de escunas e traineiras.

Leia o que está na placa...

Ilha do Sapinho, Camamu.

O "Dotor", nosso guia por todos os lados


Família na reserva do Pratiji.


Então retornemos a Itacaré.  Ficamos lá cerca de 4 semanas.  Houve vários passeios.   Estivemos em Itacaresinho, lugar paradisíaco com coqueiros, rios saindo no mar,  aguá cristalina e surf.  Curti um momento bem legal que foi surfar com Diego e Rodrigo, sem mais ninguém, coisa de sonho.  Fomos com um pessoal que conhecemos, da turma do Cláudio, carioca radicado na Bahia há 25 anos. Ele tem várias propriedades na região e este lugar era um deles.  No mesmo passeio estivemos numa fazenda próxima, com plantação de cacau, genipapo, banana, etc.  Nunca havia comido cacau fruta e gostei muito, mas Rodrigo ficou viciado na fruta, comeu vários. Não tem muita polpa, mas é delicioso chupar os caroços. Depois disso só suco de cacau.
Estivemos também no Pratigi, uma reserva ao norte, cerca de 90 kilômetros de Itacaré.  O Cláudio nos emprestou o carro e fomos conhecer a área. Lá ocorrem festas “rave”, com várias apresentações de arte de todos os lugares.  Bastante frequentada por estrangeiros.
Conecemos milhões de pesoas em Itacaré, todo mundo se falava. Nós éramos o “pessoal do veleiro”, e como a cidade é pequena, todos já sabiam da nossa existência.  Pouco apouco fomos nos tornando locais, até porque permanecemos muito tempo por lá. Foi muito boa a nossa etapa Itacaré, mas como tudo que é bo acaba, tivemos que partir...
Próxima parada, Baia de Camamu.  Saímos bem cedo no dia 4 de agosto, na maré cheia. A saída foi meio tensa, pois apesar da maré grande (lua cheia) havia bastante ondulação. O Sobá parecia um cavalo selvagem, sacudindo para todos os lados e as ondas vinham de frente com cerca de 2 metros.  O Sobá subia e descia  jogando água para os lados. Al lado do farol ondas parecendo indonésia, tipo nós sem arrembentação e ao lado as ondas quebrando enormes, conforme disse a situação estava “tensa”, mas passamos bem.  A velejada foi tranquila até a entrada da baia. Quando chegamos no Campinho, uma ilha que planejávamos parar, surpresa, o Cruzeiro Costa leste, flotilha que viaja do Rio de Janeiro até Salvador, estava ancorada por lá. Havia dois barcos de Niterói entre eles.  Um era o Tinshel, do Ronaldo, que estava acompanhado do Caetano, outro grande camarada. Outro era do Papa-Léguas, do meu grande amigo parceiro Gilsom, mas que não estava lá.  Ele teve que ir direto para Salvador pois seu parceiro Rogério, pai recente, tinha que retornar para ver a filha de 3 meses.  Gilsom e Rogério estiveram inclusive uma noite em Itacaré nos visitando, quando a flotilha estava em Ilhéus. Eles viajavam em 3 com o Pedro, pai do Gilsom.
Chegamos e achamos um lugar no meio dos vinte e poucos veleiros na ancoragem.  Ícaro, conhecido meu de Bracuhy, Angra dos Reis veio me cumprimentar e já me convidou para um passeio no dia seguinte para Cajaíba, local conhecido pela indústria artesanal de escunas e traineiras. O passeio seguia para um quilombo onde iríamos almoçar e para finalizar uma passada na cacheira “da pancada”. Só que o motorista da nossa locomoção não sabia da parada na cachoeira e fomos direto para o píer.  Tentamos retornar mas já era tarde e acabamos não conhecendo a cachoeira.  Nem tudo é perfeito, mas o passeio foi ótimo.
No passeio conhecemos o Marcelo e o Gustavo, do veleiro Pé-na-Tábua, que também foram e também  não estavam junto com a flotilha. Ambos cariocas e rapidamente nos tornamos amigos.  O pessoal do Costa Leste partiu no dia seguinte e ficamos apenas nós no ancoradouro, o Sobá, o Pé-na-Tábua e mais um de uns gringos que não conhecemos. Com eles fizemos um passeio do Campinho até Taipu de Fora, onde supostamente haveria ondas para surfar. Saímos empolgados com as pranchas. Deveríamos passar por dois rios, então não levamos máquina fotográfica, o que foi um erro fatal.  No caminho paisagens lindíssimas que ficaram registradas apenas na nossa memória.  O passeio parecia maratona, pois nunca chegávamos.  Andamos  cerca de 4 horas seguidas.  Gustavo disse que já não era maratona e sim “iron-man”, competição pesada. Comentário pertinente.  Finalmente chegamos e havia algumas ondas.  Caímos eu e o Rodrigo, os mais fissurados.  Gustavo e Diego desistiram pois já estava meio tarde.  No meio do caminho contactamos o “Raimundo”, conhecido da outra dupla que tinha um Saveiro e nos resgatou, felizmente. Neste mesmo dia fizemos um peixe (pescado por Marcelo nesta manhã)na brasa acompanhado de outros quitutes.  O jantar foi no Sobá.  No dia seguinte ainda rolou uma fogueira co direito a batata e cebola assada.  Maite e a moçada da barraca local fizeram uns pastéis. 
Como Maite tem que chegar a Salvador (vai para Niterói resolver umas coisas), partimos para Morro de São Paulo.  A viagem começou ruim, balançando um pouco, mas depois coloquei o pau de spy e velejamos “asa de pompo”, o que melhorou muito. Pegamos nosso primeiro Pirajá, tempestade rápida com ventos fortes, mas que dura pouco. Felizmente previmos a situação e baixamos as velas rapidamente. O episódio passou e depois o  barco velejou numa média de 5 nós e chegamos  uma hora antes em Morro.  Batemos o record do Sobá com 9.4 nós, mas numa “surfada” na onda.  Ancoramos ontem próximo a cidade e hoje fizemos um reconhecimento da área. São literalmete morros com praias. Há um forte antigo, com muros que rodeiam o morro principal da entrada. O lugar bonito, sem carros e com construções antigas. Tem muito turista e a cidade parece preparada para muita gente.  Hoje vamos lá novamente ver como é a noite.

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